Relato da Formação do Siga realizada no municipio de Lucas do Rio Verde
Para este encontro formativo foram previstos 3 dias(27,28 e 29/04) totalizando 24 horas. O encontro teve como objetivo reunir professoras alfabetizadoras, articuladoras, coordenadore(a)s, diretoras e assessoria Pedagógica. Neste sentido, o encontro consiste em implantar e implementar o SIGA, Sistema de Gestão da Aprendizagem no 1º ciclo de formação humana. Conforme agenda, aconteceu no CEJA , município de Lucas do Rio Verde envolvendo as Escolas Estaduais: Luiz Carlos Ceconello, Angelo Nadim, Cândido Portinari e Joaquim Barbosa. O Planejamento compreendeu três momentos:
1. Estudos de Concepções e Fundamentos das Orientações Curriculares da alfabetização articulados ao SIGA
2. Planejamento coletivo: Articulando teoria à prática. Num movimento reflexão-ação-reflexão da práxis pedagógica;
3. Interação com o Sistema informatizado: Treinamento SIGA.
Para iniciar as atividades, no dia 27/04, a Professora formadora do Cefapro Sueleide Alves da Silva Pereira, desejou boas vinda e socializou a agenda formativa do encontro aos participantes. Em seguida, apresentou como dinâmica a estratégia de contação de história “O caso do bolinho” de Tatiana Belinky, com o intuito de suscitar nos profissionais da educação, o prazer e hábito da leitura nas crianças do 1º ciclo. Os professores discutiram sobre a importância da literatura infantil no 1º ciclo e das possibilidades de estratégias de leitura e contação de histórias. Como sugestão de produção de material para atender essa necessidade, a Professora Sueleide Alves da Silva Pereira, sugeriu que os professores consultem o blog htp://oficinasdehistorias.blogspot.com.
No primeiro momento, foram formados grupos de estudos das Orientações Curriculares do 1º ciclo por área do conhecimento: Linguagens, Humanas e Natureza e Matemática com o objetivo de estudar, sistematizar e socializar saberes articulando à práxis pedagógica. Além das Orientações Curriculares, foram distribuídos textos para estudos e seminários. No período matutino os professores realizaram os estudos, discutiram nos grupos. À tarde, apresentaram suas ponderações/conclusões.Esteve presente no encontro a Sra Esther Barth, Assessora Pedagógica do município de Lucas do Rio Verde, que saudou os profissionais e assinalou a importância da formação para a qualidade da educação tão desejada. Foi um dia significativo que envolveu estudos, sistematização e discussão, onde os profissionais tiveram oportunidade de compartilhar angustias,experiências, dúvidas e certezas. Esse momento foi diversificado com brincadeiras e canções infantis. Considerando ser o período de 25 à 29 de abril, a semana da educação pública de qualidade, o grupo entendeu que a qualidade da educação, perpassa pelo financiamento, formação e valorização da carreira e que esse se constitui como momento onde alfabetizadoras se reúnem para debater sua área específica.Para tanto, foram disponibilizados para estudos os textos:
1.Orientações Curriculares do 1º Ciclo nas áreas do conhecimento.
2. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania; Roxane Roxo
3.Alfabetização hoje: Onde estão os métodos? - Izabel Cristina da Silva Frade
4.Usando textos instrucionais na alfabetização sem manual de instruções.
5. Literatura na alfabetização? Que história é essa?Brandão, Calland e Rosa
6. Concepções e metodologias da alfabetização: Por que é importante ir além da discussão dos velhos métodos?Artur de Mora
Metodologia: Foram formados grupos de trabalho:
1º momento: leitura/apontamentos;
2º momento: socialização da sistematização
3º momento: Relato reflexivo
No dia 28/04, o planejamento apontou para atividades práticas com o objetivo de articular teoria à prática, haja vista os estudos das Orientações Curriculares no dia anterior. Para iniciar as atividades a Coordenadora Sonia da escola Luiz Carlos Ceconello fez uma oração. Em seguida a Professora Sueleide socializou a contação de histórias a versão da fábula de La Fontaine “A cigarra e a formiga”. Na seqüência, em atendimento à proposta da formação, articular teoria à prática, foram realizadas sequências didáticas envolvendo atividades práticas. A Professora Sueleide distribuiu orientações para auxiliar na alfabetização de crianças de 6 à 8 anos. Esta atividade teve como objetivo compor o texto informativo, conforme numeração indicada.Os eixos de referencias são leitura, escrita e oralidade, sendo uma atividade que deve envolver todas as áreas do conhecimento. Para crianças, a dinâmica pode ser realizada com gêneros textuais: texto instrucional, listas, receitas, fábulas, entre outros. A leitura pode se dá em diversas ordens: por blocos, por grupos e pode ser comentada quando se tratar de idéias descentralizadas, que não compõe um texto único, como o caso em questão.
Os professores avaliaram essa atividade: Promover o hábito pela leitura, a concentração, principalmente porque é uma proposta que possibilita a construção de textos instrucionais.
A segunda seqüencia didática foram mensagens de A à Z, distribuídas aleatoriamente, onde houve reflexões para que os professores reconhecem o principio alfabético. A finalidade de desenvolver capacidades de leitura, oralidade e escrita, onde os alunos reconhecessem a ordem alfabética. A atividade sugerida envolveu textos de palavras e mensagens dependendo do nível da turma e/ou do aluno. É uma proposta que pode ser ampliada na formação de palavras.
No horário da tarde, a Profª Sueleide iniciou as atividades contando histórias, o avental de histórias “Menina bonita do laço de fita” de Ana Maria Machado. Em seguida, fora organizada mais uma seqüencia didática com o gênero acróstico. Nesta atividade, foi sugerido que cada uma escrevesse seu nome e a partir dele construísse o acróstico. Cada um apresentou o seu e foram socializadas várias possibilidades de atividades a partir desse gênero textual. Na seqüencia, foi trabalhado o gênero lista onde os professores escreveram nomes de frutas, cidades e animais, formaram listas e a partir daí formaram grupos para realizar o planejamento coletivo. Para orientar o Nplanejamento a Profª Sueleide distribuiu entre os professores possibilidades de sequência didática que contemplem: Eixos/Capacidades a desenvolver, temática, área de abrangência, descritores, metodologia, reflexões, recursos e avaliação. Após reunião de planejamento, os professores socializaram as seqüências didáticas.Durante a socialização, houve discussão das propostas.Convém destacar que embora esses aspectos sejam apresentados sistematicamente numa seqüência linear, na práxis, constituem como processo. Também foram recolhidos os registros das sistematizações dos grupos de estudos referentes aos temas estudados.
Para o dia 29/04, foram apresentados para reflexão da práxis, fragmentos extraídos das sistematizações dos estudos realizados pelos professores no primeiro dia da formação com o objetivo da valorizar a cultura escrita dos mesmos, e assim fomentar a metodologia na prática com as crianças. Na seqüencia, os professores leram o texto alfabetizado. Onde houve reflexões e socialização sobre o que significa estar alfabetizado na 1ª, 2ª e 3ª fase do 1º ciclo e a relação/implicação desses pontos com o diário eletrônico.Também foram registradas ponderações sobre como as crianças representam o sistema de escrita, no que se refere às hipóteses das representações das crianças do 1º ciclo.Para consolidar, foram apresentados os slides das hipóteses da escrita das crianças de 6 à 8 anos. Em seguida, como memória, foi socializado em slides,os princípios e fundamentos do SIGA tendo como referencial as Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso.Foi destacada a importância do espaço da leitura e possibilidades de organização. Cantando a música “Peneirei o Fubá” os professores realizaram um exercício dos procedimentos no mapa de freqüência e leitura. Para tanto, os profissionais da educação esclareceram dúvidas sobre estratégias de leitura, o sistema e os mapas. Durante a discussão, surgiram várias possibilidades de encaminhar o espaço da leitura de modo a priorizar a disponibilidade dos livros com o intuito de atender todos os alunos. Também foi discutida a possibilidade de estar trabalhando não apenas o gênero literatura infantil, mas todos os gêneros textuais. Durante o debate, vários pontos foram discutidos:Como apresentar os livros, como selecionar os livros?Onde devem ficar os livros, Quantos livros os alunos devem ler, Os alunos podem levar os livros para casa? O MEC enviará caixas de livros? Essas e outras discussões fizeram partes do debate. A Professora Sueleide orientou que os professoras distribuam para que todas as crianças conheçam os livros, de forma lúdica e natural, porém sem perder de vista a intencionalidade de desenvolver na crianças as capacidades ligadas às áreas do conhecimento: valorizar a cultura escrita,falar, escutar, representar, ler e produzir . Também foi socializado vídeos: Os Processos de Alfabetização: Como a criança representar a escrita. Para esse momento foi pensado uma discussão da articulação teoria e prática pedagógica. No período vespertino, aconteceu no laboratório de informática a interação com o sistema, na base de treinamento Sigeduca. Neste momento a Professora Sueleide orientou as professoras para que com seu login e senha acessem o sistema, selecionando o 1º bimestre, turma e turno. Em seguida, houve um exercício de inclusão da avaliação da turma, selecionando as capacidades para a fase específica. O próximo passo foi selecionar as capacidades desenvolvidas pelo aluno (a) e adotar medidas para os alun(o)s que não desenvolveram tais capacidades.A Prof Sueleide destacou a importância do Planejamento coletivo, que as professoras devem selecionar coletivamente as capacidades para cada fase como também possibilidades de seqüencia didáticas capazes de sustentar os fundamentos para que as crianças sejam leitores e produtores competentes. Também destacou a importância do professor leitor, que investiga, estuda, reflete,avalia e intervem frente às ações educativas. Para finalizar o encontro, foi realizada uma avaliação coletiva, onde os profissionais registraram suas ponderações/contribuições a respeito do encontro.
Analisando a formação: é perceptível o comprometimento das professoras com a ação educativa, porém a necessidade de formação é latente. Em suas práticas as professoras revelam a carência de uma concepção de educação emancipadora que possibilite a reflexão e ação da práxis pedagógica. dos fundamentos.Nesse entendimento,os professores entendem que a mudança da práxis requer perpassa pela da formação continuada.
Profª Sueleide Alves da Silva Pereira
Cefapro/Sinop
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